Com informações, Priscila Peres (Semagro), Com informações, Priscila Peres (Semagro)
Os vereadores Fernando Rocha, Luizinho do Ferro Velho, Marcos Paz, Roberto Emiliani, Rose Pires, Vagner Trindade e o presidente da Câmara, Valdecir Malacarne, participaram, na última sexta-feira (6), da assinatura de convênio que vai reestruturar o Viveiro Maternidade de São Gabriel do Oeste, que produz mudas para recuperar áreas do rio Taquari. Em parceria com a União e o município, o governo do Estado vai investir cerca de R$ 700 mil no espaço.
Foi assinado termo de cessão de uso entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e a prefeitura de São Gabriel do Oeste para a utilização de equipamentos necessários para o andamento do viveiro de mudas cultivado no município.
O termo inclui um GPS portátil, uma máquina de lavar tubetes, um condicionador de ar e uma caminhonete L200, que serão utilizados nas ações diárias do viveiro. Por parte do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) serão investidos cerca de R$ 300 mil para modernização restruturação do viveiro.
O secretário da Semagro, Jaime Verruck, destaca que há a necessidade de dobrar a capacidade de produção do viveiro e, por isso, os investimentos estão sendo feitos. “Esse viveiro faz parte de um grande projeto de recuperação ambiental do rio Taquari e precisamos dar esse apoio ao espaço”.
Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Roberto Emiliani Junior, explica que esta é uma demanda antiga e que será de extrema importância. “Vamos conseguir reutilizar os tubetes e ajudar a identificar as mudas”.
O Viveiro de São Gabriel do Oeste é o maior produtor de mudas nativas de Mato Grosso do Sul, sendo referência no Centro- Oeste. O apoio do Imasul se incorpora a um amplo programa do Governo do Estado visando a recuperação das matas ciliares do rio Taquari, cujas mudas serão fornecidas pelo Viveiro de São Gabriel.
O local possui área ampla, laboratório de sementes, câmara fria, poço artesiano de alta vazão, casa de germinação e pátios de condução e rustificação de mudas, dotados de rede de irrigação por aspersão, locais de preparação de substratos e depósitos de insumos e equipamentos.
A capacidade atual é desenvolver até 500 mil mudas por ano, mas com a cooperação do Imasul e convênio com a Agência Nacional das Águas (ANA) será submetido a uma adequação física para ampliar essa capacidade até um milhão de mudas por ano.
O projeto O projeto quer suprir a demanda de produção e de terminação de mudas necessárias à recuperação de áreas identificadas prioritárias pelo Imasul, em consonância com o estabelecido pelo corpo técnico da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e pelas onze prefeituras integrantes do Consórcio Intermunicipal para o Desenvolvimento Sustentável da Bacia do Rio Taquari (Cointa): Alcinópolis, Camapuã, Corumbá, Costa Rica, Coxim, Figueirão, Ladário, Pedro Gomes, Rio Verde do Mato Grosso, São Gabriel do Oeste e Sonora.
Essa é a ação mais importante do amplo programa do Governo do Estado para estancar o assoreamento e recuperar o rio Taquari. Com 801 quilômetros de extensão (nasce no município de Alto Taquari, no Mato Grosso, corta toda região Norte de Mato Grosso do Sul até desaguar no rio Paraguai), o Taquari tem sido fortemente castigado pelos processos erosivos ocorridos há décadas nas regiões altas. Os sedimentos arenosos são arrastados até a planície pantaneira, onde se acumulam, destruindo o leito natural e promovendo o alagamento de extensas áreas.