Parlamentares defendem a implantação para o ensino do fundamental I da rede municipal

O presidente da Câmara Municipal, vereador Valdecir Malacarne, apresentou uma indicação ao Poder Executivo sugerindo a implantação de “Salas do Silêncio” nas unidades escolares do município. A iniciativa tem como objetivo oferecer um espaço de acolhimento e autorregulação para estudantes autistas e demais neuroatípicos, como aqueles com dislexia e TDAH. A proposta conta com o apoio da vereadora Rose Procópio, que assinou e reforçou a importância do pedido.
As chamadas Salas do Silêncio – também conhecidas como salas de descompressão ou desaceleração – já são realidade em outras regiões do país, como no Distrito Federal, onde têm se mostrado eficazes na redução da sobrecarga sensorial. Esses espaços oferecem um ambiente calmo e seguro, auxiliando estudantes a retomar suas atividades escolares após momentos de estresse, prevenindo crises emocionais, isolamento ou comportamentos agressivos.
Segundo a justificativa apresentada, a medida é fundamentada na necessidade de promover uma educação inclusiva, humanizada e acessível, capaz de reconhecer as diferenças individuais e criar condições adequadas para o aprendizado. “Queremos garantir um ambiente escolar que respeite a diversidade e proporcione bem-estar aos nossos alunos, sobretudo aos que enfrentam maiores desafios sensoriais”, destacou Malacarne.
A vereadora Rose reforçou a relevância social da iniciativa. Para ela, a implantação das Salas do Silêncio é um ato de cidadania e respeito. “Estamos falando de uma ação que contribui para a inclusão real dos estudantes neuroatípicos, assegurando que eles tenham condições dignas de conviver, aprender e se desenvolver dentro da escola”, afirmou.
De acordo com experiências já implementadas, recomenda-se que essas salas contem com pufes, brinquedos calmantes, objetos reguladores, fones redutores de ruído, óculos escuros e iluminação adequada, além de estarem localizadas em pontos de fácil acesso nas escolas e devidamente sinalizadas. Além disso, as salas devem ser criadas no ensino fundamental I, séries iniciais, até o 5º ano da rede municipal de ensino.
Para os vereadores, a iniciativa proposta busca ser mais que um recurso pedagógico que representa um compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e que valoriza as diferenças.